Esse artigo não tem por objetivo definir o significado de consultoria nem discorrer sobre suas diversas formas de serviços ou especialidades.
A ideia é mostrar que no mundo moderno as empresas de consultoria devem ter seu papel preponderante e aparente no conjunto da intelectualidade e utilidade da expertise de sua equipe de profissionais voltados para atender os seus clientes.
Este é o período do ano em que as empresas iniciam seus movimentos de contratação de serviços especializados objetivando atender exigências legais e normativas e consolidar reestruturações societárias ou afins.
Portanto, reflitam sobre esse tema antes de contratarem serviços de consultoria especializada!
Nos últimos anos, por conta das sucessivas crises econômicas, o mercado vem percebendo que as empresas de serviços especializados não são muito afetadas pois, em regra, uma empresa de consultoria, se o mercado está favorável vende champagne e se está desfavorável vende lenços, ou seja, não há crise para os consultores.
Esta percepção acabou levando as empresas a escolherem com mais critério as contratações de serviços especializados, se divorciando das empresas de grifes, objetivando, por incrível que pareça, reduzir seus custos e receber um serviço de melhor qualidade.
Na atualidade, uma empresa de consultoria é percebida pela qualidade da sua assistência aos clientes, parceria nas soluções sob medida, disponibilidade da equipe, esforço no atendimento aos prazos, mesmo que desafiantes, e preço justo, ou seja, “Nada em demasia”.
Já se foi o tempo de pagar por grifes de empresas desse setor, pois elas se agigantaram e tornaram-se, na sua maioria, em exércitos de técnicos numa escala que vai dos Trainee ao Team Leader, carregando em seus custos estruturas altamente onerosas que, ao fim e ao cabo, são repassados para os clientes sob o manto da ilusão de que o preço do h/h corresponde ao seu patrimônio intelectual.
Os serviços demandados pelos clientes devem ser desmistificados e tratados como uma oportunidade primária de dar a solução para o demandante e não visto pela empresa de consultoria de forma oportunista.
Acabou o tempo do “Ôba! Vamos comemorar.” O consultor deve prestar um serviço de utilidade ao cliente, pois muitas das demandas têm como origem exigências de normas e leis que se não existissem as empresas de consultoria não as teriam em seus portfólios.
Para serem úteis as empresas não precisam ser grifes de aparência e sim de intelecto. As demandas devem ser, sempre que possível, traduzidas em oportunidades para o demandante, ou seja, o desafio é atender as demandas e identificar os benefícios nelas embutidos para que essas remunerem o consultor, sem onerar o orçamento do contratante.
Essa é a visão que acreditamos que as empresas de consultoria modernas devem ter, ou seja, ao atender uma demanda o consultor não deve ficar restrito a ela e sim ampliar a visão em seu entorno para agregar valor à sua prestação e torná-la útil para ambas as partes.
Daí o surgimento das boutiques de consultoria formadas por profissionais conscientes dessa nova realidade e capazes de prestar os melhores serviços adequando-se às necessidades do cliente com qualificação técnica sênior, prazos desafiantes e preços que não carregam estruturas de custos com componentes diletantistas que são totalmente dispensáveis à atividade.